Com a época já no seu último terço e, portanto, quando as grandes decisões começam a ficar mais à vista num horizonte curto, recrudescem as guerras do alecrim e da manjerona, afinal o habitual folclore que o futebol português sente sempre dificuldade em dispensar.

Debrucemo-nos, porém, sobre o essencial, e olhemos para as duas principais competições sobre as quais há ainda muitas e importantes páginas para escrever, a Taça de Portugal e o Campeonato Nacional.

No imediato, é a prova rainha do calendário que suscita a nossa maior atenção.

E, assim, teremos hoje mais uma jornada com a realização da segunda mão das meias-finais, com dois desafios a chamar a atenção, embora ambos em situações verdadeiramente antagónicas.

Vencedor na Costa do Estoril por um resultado que não deixa dúvidas, o Benfica tem pelo seu lado, logo à noite, no estádio da Luz, probabilidades quase totais de garantir a sua presença na próxima final de Maio. É verdade que na Taça há sempre um espaço muito especial para as grandes surpresas, e elas têm acontecido em profusão ao longo de décadas mas, nas actuais circunstâncias, parece haver pouco espaço para que os canarinhos possam contrariar as previsões.

Já no estádio do Dragão todas as apostas são aceitáveis.

Depois do empate a golo na Pedreira, o apuramento está em aberto, e nem o facto de o desafio se disputar no estádio do Dragão, confere aos dragões especiais prerrogativas.

Todos reconhecemos, e Sérgio Conceição também alinha nessa ideia, que o Sporting de Braga é, neste tempo e neste quadro, uma das equipas mais fortes do quadro nacional, e que só por isso não entra eliminada no anfiteatro portista.

Por tudo isto, assenta sobre o jogo desta quarta-feira uma enorme e justificada expectativa.

Com excelentes jogadores, bem orientados, e com a melhor dupla de arbitragem (árbitro e Var)do quadro português, estamos perante a possibilidade de assistirmos a agradáveis noventa minutos (ou mais) de uma meia-final que bem pode ser tida como uma final antecipada.