A seleção de Portugal encerrou ontem o capítulo “Liga das Nações” com um jogo em que, como tantas vezes se diz no futebol, foi melhor o resultado do que a exibição.

Fernando Santos, o nosso selecionador, foi até o especial porta-voz desta ideia no final do jogo em Split, na Croácia, à qual juntou algumas críticas a jogadores, acrescentando também vários avisos em relação ao futuro.

Convenhamos, entretanto, que nunca é fácil motivar os jogadores quando o resultado de um jogo não se revela importante ou decisivo. E, sobretudo, jogadores sobrecarregados nos clubes que representam em campeonatos muito competitivos, que estarão mais virados para poupar esforços, por saberem que do resultado do seu esforço se aproveita zero.

O terreno onde atuaram as seleções de Portugal e da Croácia também não ajudou nada a um bom desempenho. E essa faceta também poderá ter estado na origem das cautelas com que alguns jogadores encararam o desafio, sempre com o pensamento em evitar lesões, prejudiciais aos compromissos nos seus campeonatos.

Além disso, a Croácia não é uma seleção qualquer, mesmo tendo de considerar-se o facto de vários dos seus habituais titulares não terem dado seu contributo à equipa no desafio de ontem contra Portugal.

Gorou-se também a possibilidade de Cristiano Ronaldo ter dado mais um passo rumo ao seu grande objetivo, que é, como todos sabemos, o de vir a tornar-se o melhor marcador mundial de sempre em compromissos de seleção. Ficará, portanto, para uma próxima oportunidade.

Agora, o regresso à seleção só acontecerá em março do ano que vem. E, até lá, muita água vai correr sob as pontes.

P.S. Há por aí muita gente a queixar-se da prestação da nossa seleção nesta Liga das Nações. Se essas carpideiras fossem alemãs, estariam agora à beira de um esgotamento. (Recorde-se que a Alemanha foi ontem destroçada pela Espanha – 6/0 – no estádio da Cartuxa, em Sevilha.)