É com um aviso bem visível que o Futebol Clube do Porto parte para a jornada 28 da nossa primeira Liga, ontem iniciada em Barcelos com uma esperada vitória do Gil Vicente sobre o Desportivo das Aves.

Menos folclore, menos desculpas, mais Porto, é a tripla exigência dos adeptos portistas ontem inscrita numa tarja colocada estrategicamente nos arredores do Olival, o espaço onde os portistas cuidam diariamente da sua preparação.

Depois da desastrada exibição na Vila das Aves, a paciência da claque mais representativa do clube nortenha parece ter chegado ao fim, significando esta atitude mais do que uma exigência, um sério aviso, numa altura em que a equipa dos dragões continua a depender apenas de si própria para chegar ao título, mas sem que a qualidade do futebol que tem exibido dê muitas garantias de que tal possa vir a acontecer.

A verdade é que os comandados de Sérgio Conceição apenas lograram conquistar quatro pontos em nove possíveis desde que houve retoma do campeonato, desbaratando cinco pontos, e com uma só vitória, por 1-0, contra o Marítimo, em casa, num jogo que apesar disso também não deixou grandes memórias.

Ainda que ao Benfica também não possam ser creditadas exibições de nível, a última jornada deixou indícios de ser mais provável o reacerto dos encarnados do que propriamente do seu adversário mais directo.

Por isso é que o desafio de amanhã, com o Boavista, assume particular importância, e também porque disputado num contexto pouco favorável aos dragões, então já conhecedor do desfecho do outro embate da noite a colocar frente a frente o Benfica e o Santa Clara.

Haverá mais Porto, como exigem os seus mais visíveis prosélitos?