Pudera! Aproxima-se um clássico, que pode ou não decidir o campeonato, mas que seguramente poderá trazer sobre o seu desfecho indicações muito seguras. É um tema recorrente, pouco adiantando voltar a este capítulo, tão lido e relido ao longo dos anos no futebol português.

Independentemente da troca de “galhardetes” a que estamos já a assistir em vésperas do Porto-Benfica, com a questão dos árbitros a subir a primeiro plano, a verdade é que a classe tem muitas culpas no cartório e tem contribuído, em larga escala, para que os juízes sejam apontados como culpados de uma grande fatia de todos os males que afligem a modalidade.

Jorge Sousa, considerado por muitos como o melhor árbitro português, tem estado no centro do furacão, por razões já largamente dissecadas: no trabalho que produziu em Braga, no recente desafio em que foi interveniente, veio ao de cima, de forma visível, o ódio de estimação que é acusado de alimentar há muito tempo em relação ao clube de Alvalade.

Teria feito, por isso, algum sentido que o Conselho de Arbitragem tivesse usado de alguma cautela quanto à sua nomeação para um desafio tão importante e, de forma premonitória, o tivesse poupado.

No rescaldo, e no uso do seu pleno direito, os responsáveis leoninos trataram de vetar o juiz portuense, mesmo sabendo de antemão que esse protesto seria rechaçado, como veio a acontecer nas últimas horas.

Apesar disso, este movimento não pode deixar de ser entendido como uma recomendação aos senhores da arbitragem para que coloquem Jorge Sousa na jarra, como seguramente o faria Fernando Marques quando, há algumas décadas, na qualidade de Presidente do Conselho de Arbitragem inventou esse processo para, através dele, evitar males maiores.

Vem tudo isto à colação porque, mais do que do jogo do próximo sábado, é já o árbitro que o vai dirigir que está na crista da onda. E não sendo conhecido o seu nome antes do dia do jogo, abre-se ainda mais espaço para a especulação.

A única coisa que parece certa é que Jorge Sousa está fora de todas as possíveis congeminações.