Para o Benfica chega hoje ao fim a sua participação na edição deste ano da Liga dos Campeões Europeus. E, como se não bastasse, está ainda em risco a presença na Liga Europa, onde os proventos são menores, e a projeção também reduzida.

De tudo isto, o Benfica terá apenas de queixar-se de si próprio, sendo até curioso registar o “mea culpa” do seu jogador mais influente, Pizzi, ao afirmar que faltou mentalidade de Champions a que se juntou ausência de competitividade, demonstradas, acrescentamos nós, em praticamente todos os jogos disputados até aqui.
A carreira dos benfiquistas no exterior é pobre. Tendo iniciado a fase de grupos por entre uma forte dose de otimismo, a equipa de Bruno Lage chega à última jornada com apenas quatro pontos conquistados, com sete golos marcados e onze sofridos.
Num lote em que estavam incluídos também o Lyon, o Zenit e o Leipzig, é natural poder afirmar-se que se exigia muito mais ao campeão português.
Ao fazermos o contraste sobre o que se passa entre nós e aquilo que os nossos principais clubes são capazes de fazer além-fronteiras, é legítimo questionar, como escrevíamos ontem o que vale realmente o futebol português no contexto europeu.
No jogo de logo à noite, no estádio da Luz, o Benfica necessita de uma vitória clara sobre os russos do Zenit, aos quais interessa especialmente um desfecho diferente para assim manter a sua candidatura aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões Europeus.
Convirá recordar que em 2 de Outubro passado o Zenit venceu no seu estádio, em St. Petersburg, o Benfica por 3-1, após uma exibição sem qualidade, com a qual até o próprio Presidente Luis Filipe Vieira se considerou, na altura, envergonhado.
Logo à noite se verá do que o Benfica ainda é capaz. A nível internacional, claro está…