E, afinal, como se suspeitava houve mesmo Taça, essa competição mágica que tem sempre aberta a porta às mais ousadas surpresas, e que percorreu o país de lés-a-lés.

Sporting, Vitória de Guimarães, Boavista, Desportivo das Aves, Marítimo, Portimonense e Tondela, ficaram pelo caminho tombados por alguns heróis que a história vai registar para sempre.

Curiosamente, das sete equipas chumbadas logo à partida, quatro delas, Sporting, Guimarães, Boavista e Aves, já tiveram o privilégio de levantar o caneco na sempre formidável apoteose do Estádio Nacional.

Na eliminatória que se seguirá teremos, portanto, onze sobreviventes da Liga mais profissional.

Claro que fica também o registo de algumas surpresas e, sobretudo, de um escândalo maior.

Exatamente aquele que tem a ver com o afastamento do Sporting frente a uma equipa, a do Alverca, que milita no terceiro escalão nacional.

E não é apenas o resultado final que fica a manchar a história leonina, é também, e sobretudo, a exibição de uma equipa que nunca foi capaz de exibir um mínimo de qualidade que pudesse permitir salvar-lhe a face.

Uma equipa que deixou dúvidas logo que foi anunciada a sua constituição para a disputa do jogo, por se ter ficado a saber que o seu treinador parecia disposto a jogar a sorte das varas.

Fazer alinhar um onze desfalcado de sete dos seus habituais titulares, representou um risco que viria a considerar-se fatal, tornando ainda mais cinzento um ambiente no qual Silas começa a estar cada vez mais envolvido.

Escandalosa é igualmente a saída da Taça do Vitória de Guimarães por não ter tido capacidade para levar a melhor sobre uma equipa do terceiro escalão, o Sintra-Football.

Houve Taça. Veremos se os “desastres” registados vão ou não deixar marcas assinaláveis nos próximos tempos.