A jornada do meio de semana acabou por trazer alguns resultados inesperados e uma certeza que fica como aviso à Liga quando estiver a cuidar dos seus calendários.

É que as assistências aos jogos, sobretudo os mais importantes, foram de tal modo inexpressivas que quase não vale a pena estarmos a dar ao trabalho de as contar.

Ainda assim, não nos dispensamos de avivar memórias, enfatizando que no estádio do Bonfim estiveram apenas três mil espectadores a assistir ao jogo entre o Vitória de Setúbal e o Sporting, enquanto no Dragão os números quase não ultrapassaram os vinte mil. Se acrescentarmos a isto a reduzida presença de público na véspera no estádio da Luz, estamos conversados.

Quanto aos jogos em si, deles resulta um balanço francamente desfavorável para o Sporting. Enquanto Benfica, Sporting de Braga e Futebol Clube do Porto acumularam vitórias e pontos aos seus números, o Sporting Clube de Portugal retrocedeu. E por isso os leões ficam agora a olhar para o pódio cada vez mais distante, onde as posições dos concorrentes ganham cada vez mais consistência.

Fáceis foram os triunfos de portistas e benfiquistas, nem tanto o dos bracarenses.

Quanto aos leões não tiveram capacidade para dar corpo à embalagem ganha com a vitória da Taça da Liga, apresentando-se nas margens do Sado com fraca capacidade física para se oporem ao seu galvanizado adversário. E este foi um dos aspectos mais evidentes das dificuldades que sentiram para saírem airosamente do jogo.

É evidente que houve razões que ajudam a compreender o desaire leonino: a falta de jogadores habitualmente titulares terá sido a principal, mas o facto de a equipa ter ficado reduzida muito cedo a dez unidades ajudou ao descalabro. E aqui o Sporting encontrará algumas razões para questionar o trabalho do juiz da partida.

Segue-se nova jornada escaldante que tem o seu ponto alto no domingo, com a realização dos jogos Sporting-Benfica e Vitória de Guimarães-Futebol Clube do Porto.

Haverá nova reviravolta? Aguardemos, porque já falta pouco.