A exibição produzida, ontem, pelo Benfica em Amesterdão merecia ser premiada. Só que no futebol os resultados nem sempre condizem com o valor exibido e a capacidade das equipas para ir além da mediania.

Ao contrário, também são muitas as vezes em que se ouve dizer que há resultados muito melhores do que as exibições. Ontem à noite, frente ao Ajax, o Benfica jogava cartada quase decisiva com vista a poder chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Pontuar era mesmo indispensável para que fosse possível continuar a manter essa ambição. O ideal seria obter uma vitória mas, como o ótimo é muitas vezes inimigo do bom, um empate já bastaria para que o sonho não se desmoronasse. Perder no minuto 92 fez regressar um pesadelo que vem perseguindo o Benfica ao longo de muitos anos.

Agora, faltando três jornadas para concluir esta fase de grupos, deixou de haver espaço para outros desaires. E o próximo jogo, de novo com o Ajax, mas desta feita em Lisboa, é mais do que crucial.

Hoje, do Futebol Clube do Porto espera-se um desfecho diferente. O campeão nacional está em Moscovo e logo à noite, frente ao Lokomotiv, poderá dar um passo importante para ultrapassar com sucesso a fase de grupos da Champions.

Confrontando a qualidade de ambas as equipas é fácil chegar à conclusão que a força maior está do lado dos portistas. Só que é necessário mostrar ao longo de 90 minutos que a vantagem dos dragões não é apenas teórica.

A Liga dos Campeões tem sido pródiga em deixar-nos exemplos de que é necessário trabalhar muito e bem para se alcançar o sucesso.