São ainda vários os futebolistas portugueses espalhados por diversos clubes europeus que sobrevivem nas duas competições da UEFA.

Quanto a treinadores, eis Jorge Jesus como o porta-bandeira dos técnicos portugueses, o único que ainda se mantém no terreno, e que poderá prosseguir amanhã, depois de um jogo em que a equipa que comanda, o Sporting, entra claramente favorita frente ao Viktória Plezèn, da República Checa.

Dois desses treinadores, José Mourinho e Paulo Fonseca, foram abalroados ontem à noite, não tendo sido capazes de conduzir as suas equipas, Manchester United e Shakhtar Donetz até aos quartos-de-final na Liga dos Campeões. Em ambos casos as previsões saíram furadas.

A equipa inglesa regressara de Sevilha com um empate a zero que parecia abrir excelentes perspetivas ao renomado técnico português. Essa era igualmente a tendência apontada ao jogo do estádio Olímpico de Roma, onde os ucranianos entraram em vantagem que, embora escassa, parecia tornar legítimas as suas ambições de prosseguir. Bastaria para isso recordar o jogo da Ucrânia, onde o Shakhtar foi manifestamente superior.

O maior escândalo resulta, no entanto, da eliminação do Manchester United no seu próprio espaço. E aqui ficou em evidência o grande mérito dos sevilhanos, que humilharam um adversário com muita história na Champions e que, a partir de agora, fica limitado à possibilidade de poder vencer a Taça da Inglaterra.

Dos vários treinadores portugueses que desde agosto estiveram em ação na UEFA resta Jorge Jesus. Pertence-lhe muito mérito, mas o mesmo deve também ser dividido pela equipa que orienta, com um percurso imaculado na Liga Europa, onde prossegue com o rótulo de sério candidato à vitória final.

PS- Deixo uma nota final para assinalar com tristeza o desaparecimento do Dr. Camacho Vieira. Foi médico no Belenenses durante anos a fio e também responsável pelo departamento médico das seleções nacionais, com uma carreira marcada por grande competência e enorme disponibilidade para com todos os que o rodeavam.

Sem o Dr. Camacho Vieira todos ficamos mais pobres.