Há vários anos que as selecções de sub-21 anos comandadas com muita competência por Rui Jorge não eram obrigadas a recorrer à máquina calculadora para tentar decifrar todas as hipóteses de conquistar um título.

Porém, uma derrota sofrida quase seis anos depois de um longo período de invencibilidade provocou um pequeno terramoto que está a dar origem a uma situação de expectativa angustiante, a qual só logo mais à noite será ultrapassada.

No campeonato da Europa, que decorre em território polaco, a selecção portuguesa disputa nesta sexta-feira um desafio decisivo que nos vai manter a todos agarrados ao pequeno écran.

O adversário é a Macedónia, e, à partida, Portugal tem ganhar por um resultado gordo, que lhe permita reduzir a décalage que existe neste momento perante a forte concorrência directa.

Sendo a Eslováquia um dos interessados no apuramento para as meias-finais, depois de ontem ter vencido a Suécia por 3-0, não faz muito sentido que a UEFA tenha nomeado para o jogo de Portugal um juiz eslovaco.

Trata-se de um critério rocambolesco que, se usado por cá em circunstâncias semelhantes, faria cair o Carmo e a Trindade.

Mas adiante. Portugal terá, antes de mais, de vencer a Macedónia. Depois, fazê-lo por uma diferença superior a três golos, e, como não bastasse, ficar ainda à espera de outros resultados de federações igualmente interessadas no título de” melhor segundo classificado, já que o primeiro está fora de qualquer hipótese.

Missão complicada, pois, que nos obriga a ser racionais e a aceitar o resultado que vier a registar-se.

Mas, até lá, como dia José Torres, “deixem-nos sonhar”.