Depois da persistente permanência do Sporting nesse lugar durante quatro jornadas consecutivas, um fim-de-semana tudo mudou.

Por isso, a partir de agora, a águia é o novo alvo a abater, passando a centrar-se nela a pontaria de todos os atiradores, sobretudo daqueles que dessa “avis rara” se encontram mais próximos.

Pouco mais de um mês depois de ter sido o pontapé de saída, a primeira Liga está ao rubro.

E isto, porque entremeada pelas competições europeias, o seu grau de exigência passou a tornar-se mais elevado.

É que, bater-se em duas frentes em simultâneo, pode provocar um tremendo desgaste, cujas consequências nem sempre são fáceis de adivinhar nem de remediar.

Que o diga o Sporting que, vindo de uma triunfal noite em Madrid, baqueou em Vila do Conde com um estrondo tal que não há forma de arranjar desculpas nem para o resultado, tampouco para a frouxa exibição produzida. Mas também é preciso não retirar mérito ao Rio Ave, que conseguiu fazer em fanicos aquela que, até domingo à noite, sempre parecera uma equipa bem organizada.

O Futebol Clube do Porto continua a não ser capaz de se definir de uma vez por todas.

Os laivos de bom futebol deixados em Alvalade e no Dragão frente ao VGuimarães, têm-se esfumado em exibições cinzentas capazes de toldar um horizonte que se chegou a antever-se mais radiante.

O Benfica, sobretudo ontem à noite frente ao Sporting de Braga, soube esperar a sua oportunidade. A navegar por entre um mar encapelado de lesões, a equipa de Rui Vitória tem vindo a fazer o seu caminho com satisfatória regularidade, ainda que por vezes o futebol praticado não tenha deslumbrado os seus prosélitos.

Já mais próximo da que poderá vir a ser a sua força máxima (faltam Jonas, Jimenez, Rafa, Samaris, e outros) o Benfica verá, a partir de agora, todas as baterias assestadas para Luz.

E os primeiros disparos podem chegar já de Chaves, no próximo sábado ao cair da tarde.

Nesse dia, para lá do Marão, vão defrontar-se as duas equipas do nosso campeonato que ainda mantêm a invencibilidade.

Veremos quem manda mais, depois de noventa minutos que se espera e deseja bem jogados.