No arranque da fase europeia de apuramento para o Campeonato do Mundo de futebol registaram-se surpresas que lançaram muitas questões e dúvidas que só em Outubro do próximo ano ficarão devidamente esclarecidas.

Falamos, sobretudo, de resultados inesperados e, neste caso, aqueles que se registaram no grupo a que pertence Portugal.

Mais do que a derrota da nossa selecção frente à Suiça, foi escandaloso o empate consentido pela Hungria nas Ilhas Faroe, o que pode desde já tornar-se num forte embaraço para a formação magiar, tida como fazendo parte do trio de candidatos à qualificação final no Grupo B.

Da França chegou outro dos choques de mais alta voltagem da jornada, quiçá mesmo o mais surpreendente e violento.

Mesmo dispondo de jogadores de enorme qualidade, entre os quais, Griezmann, Pogba, Giroud, Martial ou Gameiro, a selecção do galo não teve capacidade para marcar um golo sequer no difícil território da Bielorrúsia.

Ou seja, os dois finalistas do último Campeonato do Europa não só deixaram os créditos por mãos alheias como passaram a ter boas razões para tomar cuidados redobrados relativamente ao futuro.

A França, com a Holanda e Suécia a ameaçar o seu favoritismo, e Portugal a ter de contar muito seriamente com a oposição da Suiça, deixaram Diddier Deschamps e Fernando Santos em estado de alerta amarelo, porque deslizes como estes, a repetirem-se, podem deitar tudo a perder.

Não se tratou de um banho de humildade, mas, em boa verdade, não deixou de ser um banho de realidade.

Veremos se funcionou como um alerta real.