O calendário adoptado pela Federação Portuguesa de Futebol nos últimos anos regista inconveniências que devem ser remediadas nas temporadas que se seguirão.

É verdade que nem sempre é possível conciliar a multiplicidade de competições, tanto a nível nacional como internacional, e encontrar datas adequadas e, sobretudo, revestidas de lógica.

No que à Taça de Portugal diz respeito há um aspecto que convirá ter em conta.

Recordamos que os jogos das meias-finais daquela competição, que tiveram lugar a meio desta semana, ficam separados por um mês.

Ou seja, quando atingirmos o dia 2 de Março já quase não nos lembraremos do que aconteceu nos jogos da primeira mão.

Para além deste aspecto, relevante do nosso ponto de vista, dos dois desafios disputados, em Barcelos e em Braga, restam quase certezas e algumas dúvidas.

Enquanto o Futebol Clube do Porto tem praticamente assegurada a sua presença na final do Jamor, face à dilatada vitória alcançada frente ao Gil Vicente, Rio Ave e Braga deixaram tudo adiado para a segunda mão, a disputar em Vila do Conde.

Ontem, na Pedreira, os bracarenses apenas lograram chegar à magra vantagem de um golo, que prenuncia muitas dificuldades no desafio de retribuição.

Tal como o Sporting de Braga, também o Rio Ave aspira a estar na final de 22 de Maio e, por isso, vai tentar transformar o estádio dos Arcos num “inferno” para os guerreiros do Minho.

Entretanto, até lá, uns e outros terão ainda que centrar as suas atenções noutras “batalhas”, porque o campeonato é exigente e nesta fase, quase final, qualquer deslize pode ser irreversível.