A consagração da Igreja e da humanidade ao Coração Imaculado de Maria foi esta noite valorizada no Santuário de Fátima. O convite foi feito por D. Ivo Scapolo, núncio apostólico em Portugal, que preside à celebrações de 12 e 13 de junho.

“Por uma feliz, e para mim também significativa, coincidência, este ano a sugestiva e intensa vigília de oração de 12 de junho coincide com a memória litúrgica do Coração Imaculado de Maria”, disse o representante diplomático da Santa Sé, durante a Celebração da Palavra que se seguiu à Procissão das Velas.

D. Ivo Scapolo recordou as palavras da Virgem à Lúcia, proferidas na segunda aparição de 13 de junho de 1917, sobre a devoção ao Imaculado Coração de Maria: “Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”. E destacou a missão que a vidente realizou, ao longo de toda a sua vida, com “muita intensidade, fidelidade e perseverança, encontrando um importante apoio da parte dos vários Papas".

O “embaixador” do Papa em Portugal acrescentou que “em diversas ocasiões, vários Papas, respondendo aos pedidos da Irmã Lúcia, efetuaram, em comunhão com os bispos de todo o mundo, a consagração da Igreja e de toda humanidade ao Coração Imaculado de Maria” e que também o Papa Francisco “cumpriu um Ato de Consagração a Nossa Senhora de Fátima no dia 13 de outubro de 2013, na Praça de São Pedro, no final da Missa por ocasião da Jornada Mariana”.

No final da homilia, D. Ivo Scapolo convidou os peregrinos a reforçarem a devoção ao Imaculado Coração de Maria e rezarem alguns excertos da consagração a Nossa Senhora de Fátima realizada por João Paulo II diante desta Imagem, a 13 de maio de 1982 neste Santuário e, mais tarde, na Praça de São Pedro, a 25 de março de 1984, em comunhão com os Bispos de todo o mundo.

“A força desta consagração permanece por todos os tempos e abrange todos os homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é capaz de despertar no coração do homem e na sua história, e que, de facto, despertou nos nossos tempos”, disse o prelado italiano. E concluiu, citando o texto da Consagração feita por João Paulo II: “Oh! quão profundamente sentimos a necessidade de consagração, pela humanidade e pelo mundo: pelo nosso mundo contemporâneo, em união com o próprio Cristo!”.