A exposição temporária “Capela-Múndi”, que assinala o centenário da construção da Capelinha das Aparições, registou 254.449 visitantes em menos de um ano.

De acordo com o diretor do Museu do Santuário de Fátima, Marco Daniel Duarte, trata-se de um "número recorde”, que representa um acréscimo de 23 por cento em relação às visitas à exposição temporária anterior.

“É muito animador”, considera Marco Daniel Duarte, sublinhando a importância dos peregrinos olharem para a mensagem de Fátima a partir das ferramentas da museologia.

Esta quarta-feira, por ser a primeira do mês de setembro, realizou-se a quinta visita temática à exposição "Capela-Múndi"’, dedicada aos ‘ex-votos’ portugueses da época moderna, que foi orientada por Isabel Drumond Braga, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

“Os registos dos milagres não são uma bizarria da religião da época, pelo contrário, fornecem uma maneira de abordar a vida quotidiana comum dos homens e das mulheres, em todos os tipos de situações e em todos os níveis sociais, e, por isso, os historiadores sérios devem tê-los em consideração”, afirmou a investigadora.

isabel Drumond Braga considera fundamental “continuar a investigar e a ler este património iconográfico do passado e da arte popular”. Os ex-votos “contam histórias de vida”, são “testemunhos da religiosidade do povo” e “fontes históricas” que “devem ser lidas de forma critica e atenta”, enfatizou.

Segundo os dados agora revelados, o Santuário de Fátima dispõe de um “incontável” número de ex-votos de todas as categorias e sempre com a mesma invocação a Nossa Senhora do Rosário de Fátima. As ofertas têm sido canalizadas para o Museu do Santuário, criado em 1955.

A atual exposição "Capela-Múndi" pode ser visitada até 15 de outubro, no Convívium de Santo Agostinho, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade. O Museu do Santuário de Fátima assegura diariamente duas visitas guiadas - às 11h30 e às 15h30.

A próxima e última visita temática a esta exposição terá lugar a 2 de outubro e será orientada pelo Coordenador do Inventário do Património Artístico Móvel da Arquidiocese de Évora, Artur Goulart, com o tema "A museologia e a missão cultural da Igreja".