A pastoral familiar deve apresentar aos jovens uma perspetiva positiva da vida em casal, em vez de se focar nos problemas que possam surgir. O apelo foi deixado pelo monsenhor Duarte da Cunha nas jornadas da pastoral familiar que decorreram em Fátima este sábado.

Para Duarte da Cunha, que participou no Sínodo da Família como perito, “a pastoral da família deve propor aos jovens uma experiência de felicidade e de alegria entusiasmante.” Para isso é também preciso ser-se autêntico, pois os jovens são sensíveis à falsidade, afirmou o prelado que, atualmente, está à frente da paróquia de Santa Joana Princesa, em Lisboa.

A tarde deste sábado foi preenchida com a realização de vários "workshops" por casais envolvidos na pastoral familiar.

Para Carlos Ferrinho, da diocese do Algarve, e um dos participantes, “não se pode propor ao jovem um caminho feito de facilidade e do imediato, porque a vida, rapidamente, lhe vai provar que isso não existe.” A situação pode depois “gerar uma desilusão que, muitas vezes, pode levar a um túnel, o que não é nada desejável.”

Por isso, disse à Renascença o animador, “os casais têm de ser autênticos e não devem esconder que se tem problemas, não devem esconder que existe felicidade, mesmo com os problemas, e que o caminho com a cruz às costas é, também, um caminho de felicidade.” Por outro lado, “para os casais que vivem situações de litígio ou mais complexas, a felicidade também é possível e é para eles.”

A 30ª Jornada Nacional da Pastoral Familiar decorreu em Fátima com o tema “Família: o Sim do Deus Amor”.