O Papa Francisco associou-se este domingo, no Vaticanom à próxima celebração do Dia Mundial do Refugiado, a 20 de junho, defendendo “responsabilidade e humanidade” no acolhimento a quem deixa o seu país.

“Desejo que os Estados envolvidos nestes processos cheguem a um entendimento, para assegurar, com responsabilidade e humanidade a assistência e a proteção a quem é forçado a deixar o seu próprio país”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus.

A mensagem do Papa Franscisco acontece poucas horas depois de o navio Aquarius, que seguia com migrantes resgatados no mar mediterrâneo, ter atracado no porto de Valência depois de os governos de Itália e Malta terem recusado abrir os seus portos para o navio da ONG.

O pontífice sublinhou que o Dia Mundial do Refugiado, promovida pelas Nações Unidas, visa “chamar a atenção para o que vivem, muitas vezes com grande ansiedade e sofrimento” homens e mulheres “obrigados a fugir da sua terra, por causa de conflitos e perseguições”.

“Cada um de nós é chamado a estar próximo dos refugiados, a encontrar com eles momentos de encontro, a valorizar o seu contributo, para que também eles se possam inserir melhor nas comunidades que o recebem”, acrescentou o Papa Francisco.

Este ano, precisou, a celebração “chega no meio de consultas entre governos para a adoção de um Pacto Mundial para os refugiados”, bem como um Pacto para a Migração segura, ordenada e regular.

Esta semana, Francisco tinha apelado ao acolhimento dos que deixam a sua terra em busca de “pão e de justiça”, criticando quem os quer deixar “à mercê das ondas”, numa referência indireta à polémica com o navio Aquarius, impedido de atracar na Itália, que chegou esta manhã a Valência, na Espanha.