Os "500 anos da Reforma" levada a cabo por Lutero serve de pano de fundo ao XIX Fórum Ecuménico Jovem, que dá o testemunho da união na diversidade. No átrio do Seminário Menor de Braga uma cruz de madeira é pintada a várias mãos com diferentes cores.

José é um dos jovens que deixa a sua marca impressa na Cruz.“Pintamos as nossas mãos com várias tintas para mostrar a diferença entre nós, mas todos caminhamos para o mesmo que é a cruz”, explica o jovem católico.

Às mãos do José juntam-se a de outros jovens das igrejas Lusitana, Metodista e Presbiteriana. Mostram que a partilha entre as diferentes confissões cristãs é possivel e que “é muito mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa” explica o Padre Tony Neves do Departamento nacional da pastoral juvenil.

“Esse é o grande objectivo”, remata o sacerdote católico.

Um percurso de 19 anos em que foram conseguidas “coisas muito bonitas”, recorda o responsável.

“Falta-nos sentar todos à mesa da mesma eucaristia, mas já conseguimos cantar, rezar e fazer solidariedade todos juntos.”

Conquistas que levam Sifredo Teixeira, bispo metodista e vice-presidente do Conselho Portugues das Igrejas Cristãs a encarar o Fórum Ecumenico como “um sinal de esperança” de que “todos os cristãos estarão juntos”. “Esse é o testemunho que temos de dar”, afirma o sacerdote.

Um “testemunho de unidade”, acrescenta o Arcebispo primaz de Braga que, apesar de lamentar a participação de “poucas as confissões cristãs” , sublinha a importancia do movimento ecuménico “como alerta à sociedade civil e à própria igreja”, remata o prelado de Braga.

Um alerta que foi deixado por cerca de 300 jovens de todo o país de diferenets confissões cristãs que juntos rezaram e refletiram sobre Deus e o mundo em mais uma edição do Forum Ecuménico.