O Papa Francisco alertou esta segunda-feira para a obrigação moral de rezar pelos políticos e pelos governantes.

Francisco tomou como ponto de partida a primeira frase da primeira leitura, retirada de uma epístola de São Paulo, que recomenda a Timóteo: “Que se façam preces, orações, súplicas e acções de graças por todos os homens, pelos reis e por todas as autoridades, para que possamos levar uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade.”

Na homilia da sua missa diária na Casa de Santa Marta, Francisco sublinhou esta obrigação. “Não podemos deixar os governantes sozinhos. Os cristãos devem rezar pelos governantes”, disse, realçando que são precisamente aqueles que pior fazem que mais precisam de preces. “São esses os que mais precisam! Reza e faz penitência pelos governantes! E porquê? Para podermos ter uma vida calma e tranquila. Quando o governante é livre e pode governar em paz, todo o povo beneficia.”

Mas o inverso também é verdade, disse Francisco. “Se o governante não reza, fecha-se na sua auto-referencialidade, ou na do seu partido. Mas quando encara os seus problemas com uma consciência de subalternidade e que conhece que há um outro mais poderoso que ele, que é o povo que lhe deu o poder – e Deus, de quem vem o poder através do povo – quando um governante tem esta consciência, reza.”

A homilia do Papa terminou com um apelo tanto a políticos como ao povo em geral. “Peço-vos um favor: cada um tire cinco minutos. Se és governante, interroga-te: ‘rezo àquele que me deu o poder através do povo?’; e, se não és governante: ‘rezo por todos os governantes?’”

“E se, quando fizerem o exame de consciência, perceberem que não rezaram pelos governantes, digam-no na confissão, porque não rezar pelos governantes é pecado”, rematou Francisco.