Um poeta na Arábia Saudita, de ascendência palestiniana, foi condenado à morte por ter renunciado ao islão.

O tribunal condenou Ashraf Fayadh à morte sem que o poeta tivesse tido direito a um advogado de defesa. Segundo uma amiga de Fayadh, o juiz nem sequer falou com o acusado, limitando-se a ler a sentença de condenação à morte.

Segundo o "Guardian", a polícia religiosa saudita deteve o poeta em Agosto de 2013 depois de ter recebido queixas de que ele tinha sido ouvido a amaldiçoar Deus e Maomé, bem como insultar a Arábia Saudita. Era acusado ainda de distribuir um livro da sua autoria que promovia o ateísmo.

O poeta diz que as acusações derivam de uma conversa que teve com um artista num café. De acordo com amigos do poeta, quando a polícia não conseguiu encontrar promoções ao ateísmo no seu livro começaram a criticá-lo por ter cabelo comprido e fumar.

Nessa ocasião foi libertado, mas meses mais tarde foi detido novamente e eventualmente condenado a quatro anos de prisão. Contudo, e sempre sem direito a advogado, as autoridades recorreram da sentença e um novo juiz, o mesmo que não falou com o acusado, condenou-o à morte.

Ashraf Fayadh nega ser ateu e diz que é muçulmano, mas isso não o impediu de ser condenado por apostasia e insultos ao islão.