O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, quer que todas as igrejas da diocese estejam de portas abertas durante o dia ou num horário afixado à porta, no caso das mais isoladas.

O bispo defende que os fiéis não podem continuar a bater com o nariz na porta quando chegam a uma igreja, o que aconteceu em muitas das paróquias da região e não só, admite.

“Quando estivemos na visita ‘ad limina’, o Santo Padre comparou uma igreja fechada a um museu e concluiu que uma igreja não é um museu, mas um espaço onde está Jesus e onde as pessoas são convidadas a entrar”, recorda D. Ilídio Leandro.

Para o bispo de Viseu, uma igreja fechada é um atentado à utilidade da igreja. “Às vezes, eu vou a algumas aldeias em que há escola ao lado, com crianças, e a igreja está fechada, há muitas situações em que a igreja está permanentemente fechada, só abre quando há missa, e isso para mim é um atentado contra o sentido de utilidade da igreja”, diz.

Ao mesmo tempo que acrescenta que esta realidade se verifica noutras dioceses. “Mas não é só na nossa diocese, quando vou de férias, na própria vizinhança de praia, vejo igrejas fechadas”, lamenta.

O apelo é dirigido aos párocos da diocese. “O pároco tem que na comunidade prever formas de na comunidade suscitar grupos que numa hora por dia ao longo da semana possam ter a igreja aberta, e saber que está lá alguém, com horário fixado, alguém que esteja por perto, e que tenha a chave, e que possa abrir quando há pessoas que querem entrar, agora passarmos por uma igreja e vê-la sempre fechada, não posso concordar”, afirma D. Ilídio Leandro.

O receio de assaltos como forma de justificar as Igrejas fechadas não é aceite por D. Ilídio Leandro, que revela que todos os assaltos a igrejas da diocese têm decorrido à porta fechada.

“Em todos os assaltos na nossa diocese eu perguntei se a igreja estava aberta ou fechada, e respondiam-me sempre que a igreja estava fechada, tanto que havia danificação das portas com pés-de-cabra”, conclui.