A abstenção nas eleições autárquicas deste domingo situou-se entre os 45% e os 50%, segundo as projeções da RTP e da SIC.

A estimativa da Universidade Católica indica que a taxa de participação nestas eleições autárquicas estará entre os 50 e os 55% por cento, o que indica que a abstenção poderá ficar entre os 45 e os 50%.

Ao longo do dia, os dados da afluência às urnas indiciavam uma participação eleitoral reduzida com apenas 42,34% de eleitores que tinham exercido o seu direito de voto até às 16h00.

À mesma hora, mas há quatro anos, a taxa de afluência era de 44,4%.

Em declarações à RTP, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) assinalou que, há quatro anos, a esta hora, a taxa de afluência era de 44,4%.

De recordar que 2013 foi o ano em que as eleições autárquicas registaram a maior taxa de abstenção: 47,4%.

Quarenta e cinco anos sempre a subir

Desde as primeiras eleições autárquicas, em 1976, a abstenção em eleições autárquicas regista uma tendência de subida.

Há 45 anos, o ato eleitoral 35,4% dos eleitores não foram às urnas e foi nos dois atos eleitorais seguintes (1979 e 1982) que os portugueses tiveram uma participação mais expressiva nas escolhas dos eleitos locais.

Em 1979, a abstenção foi de 26,2% e em 1982 foi de 28,6%, numa altura em que as eleições autárquicas ocorriam de três em três anos. Foi assim até 1985.

Daí para a frente, as autárquicas passaram a ser de quatro em quatro anos e, apesar da tendência crescente, a abstenção andou sempre abaixo dos 40% até 2009, que foi o primeiro ano em que a percentagem da ausência de participação dos eleitores se fixou nos 41%.

Em 2013, no auge da crise provocada pela assistência financeira internacional – o período da troika – 47,4% dos eleitores deixaram que 52,6% decidissem por eles.

Em 2017 não foi muito diferente. A abstenção foi de 45%.