O secretário-geral comunista enviou condolências à família do fundador do CDS-PP Freitas do Amaral, que morreu esta quinta-feira, durante uma "arruada" de campanha eleitoral para as legislativas de domingo, no Chiado, em Lisboa, sem querer adiantar mais comentários.

"Independentemente das diferenças políticas, queria aproveitar este momento para apresentar à família as nossas sentidas condolências. Respeitemos este momento. Neste momento, creio que é profundamente correto não manifestar mais do que as palavras que disse. Respeito pela família, condolências da nossa parte", afirmou Jerónimo de Sousa.

Freitas do Amaral morreu esta quinta-feira, aos 78 anos. Foi líder do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, vice-primeiro-ministro e ministro. Fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e, mais tarde, do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.

"O momento é para apresentar as nossas condolências à família. Gosto muito de respeitar estes momentos. Insisto naquilo que disse. Acha que é falta de respeito, no meio desta ação, no meio de vós? Antes pelo contrário, falta de respeito seria estar aqui a fazer um discurso político de análise em relação à pessoa. Condolências é a nossa palavra dirigida à família", disse Jerónimo de Sousa.

O líder do PCP congratulou-se com, segundo camaradas seus de partido, estar a participar na "maior [arruada] de sempre" [no Chiado], marchando à frente de uma multidão que encheu de forma compacta toda a rua do Carmo, desde o topo, junto à rua Garrett, até ao fundo, no Rossio.

Jerónimo de Sousa aproveitou ainda para "endereçar uma palavra de solidariedade aos Açores, fustigados pela intempérie", referindo-se aos estragos pela passagem do furacão "Lorenzo" naquele arquipélago.