A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, garante que o "Governo já não governa" e que "não é possível deixar os portugueses à espera".

Em conferência de imprensa para justificar a apresentação de uma moção de censura ao Governo, a líder popular deu vários exemplos que, segundo Cristas, demonstram que "o Governo está esgotado e o primeiro-ministro perdido". Cristas mencionou problemas na área da saúde, da economia e descontentamento social, entre outros. Cristas garante ainda que até a "base parlamentar começa indisfarçavelmente a abanar".

"O caso mais gritante do que se está a passar é a Saúde", disse.

"Prometeu tudo a todos. Comprou a paz social enquanto existiu dinheiro. Mas não fez as reformas que eram necessárias, empurrando os problemas com a barriga, na esperança de que o tempo os resolvesse", disse, na sede nacional do partido.

Cristas acusa ainda o Governo de já só pensar nas próximas eleições legislativas: "o único futuro em que pensam é o de outubro", refere. A líder do CDS vai mais longe e acusa Costa de, "permanentemente preocupado com a sobrevivência política da sua criação", "colocar "o partido à frente do país".

Questionada sobre a utilidade desta moção de censura, que deu entrada no Parlamento esta sexta-feira sob o título "Recuperar o Futuro", a oito meses das eleições, Cristas lembrou que. de acordo com as regras parlamentares, os partidos só estão impedidos de apresentar moções de censura nos últimos seis meses de legislatura. Cristas esclareceu ainda que não tem negociações feitas com nenhum partido sobre o sentido de voto a esta iniciativa e garante que "o CDS não tem medo de ficar isolado".

Esta é a segunda moção de censura ao Governo que o CDS apresenta nesta legislatura. A primeira foi em outubro de 2017, depois dos incêndios na zona centro. A moção foi rejeitada.