O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, acredita que a eleição de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil em nada vai mudar a relação com Portugal.

“Julgo que os traços fundamentais do relacionamento bilateral entre Portugal e o Brasil são permanentes, por razões históricas, por razões de proximidade cultural, por razões da forma como ambas as diplomacias trabalham muito bem uma com a outra”, diz à Renascença.

O chefe da diplomacia portuguesa avança ainda “três razões mais específicas” para a manutenção dessas relações. “A primeira é a dimensão da comunidade brasileira que reside em Portugal e da comunidade portuguesa que reside no Brasil, a segunda é a importância dos laços económicos entre os dois países e a terceira, que tem sido aliás desenvolvida muito nos anos mais recentes, é a cooperação científica e tecnológica entre Portugal e o Brasil”, especifica.

Augusto Santos Silva classifica o relacionamento bilateral como “muito denso”, manifestando o desejo e a crença de que assim continue.

Na segunda volta, os brasileiros foram chamados a escolher entre Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) e os números não deixam dúvidas: 57 797 456, ou 55,1% dos eleitores, escolheram o líder do partido de extrema-direita.

Fernando Haddad, que ficou em segundo lugar na primeira volta, não foi além 47 040 819 votos - ou 44,9%.