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O CDS vai votar contra o Orçamento do Estado (OE) para 2019. O anúncio foi feito esta segunda-feira pela presidente do partido, que considerou a proposta como uma "oportunidade perdida para Portugal".

"No momento em que as coisas lá fora correram excecionalmente bem, com crescimento económico na Europa e no mundo, com juros baixos e preço do petróleo até há bem pouco tempo historicamente baixo, este orçamento é mais uma vez uma oportunidade perdida para Portugal", disse Assunção Cristas.

"O Governo passa ao lado desta realidade e nada faz para a inverter. O Governo não se preocupa com o crescimento neste orçamento", acrescentou.

A presidente do partido analisou algumas medidas da proposta do Orçamento do Estado, entre as quais o imposto sobre os produtos petrolíferos que considerou ser um "saque fiscal".

"Em vez de reduzir, como era esperado e até reivindicado pelos parceiros da esquerda, mantém-se para a gasolina o mesmo nível e aumenta para o gasóleo a taxa que lhe é aplicada. A desculpa para este verdadeiro saque fiscal agora é da necessidade de pagamento de passes sociais, mas importa lembrar que continuamos sem soluções de mobilidade coletiva no interior do nosso país, em muitas vilas e aldeias e com isto continuamos a aprofundar as desigualdades do país", criticou.

Cristas afirmou, na conferência de imprensa, na sede do partido, que o CDS vai apresentar alternativas, como a redução progressiva dos impostos das empresas, o IRC, além de uma descida de impostos para as empresas no interior do país.

No entanto, ressalvou a presidente, a expetativa de as ver aprovadas é "muito baixa", recordando que, no ano passado, todas as 91 propostas dos centristas foram chumbadas pela maioria dos partidos de esquerda.

Cristas já tinha dito que a proposta do Governo PS para o Orçamento do Estado para 2019 "não vai no bom caminho" e insistiu em benefícios fiscais para empresas e cidadãos do interior de Portugal.

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