O candidato à liderança do PSD, Rui Rio, contesta as declarações de Miguel Relvas à Renascença e ao "Público" sobre a longevidade do mandato do próximo líder do partido.

“O Pedro [Santana Lopes] se ganhar as eleições terá seguramente a minha solidariedade e não é antes das eleições estarem já a dizer que o próximo é só para dois anos para abrir as portas a quem não teve coragem de agora ir”, disse Rui Rio, durante o frente-a-frente com Santana Lopes na TSF e Antena 1.

Rio refere-se à entrevista concedida por Miguel Relvas à Renascença e ao jornal “Público” na qual o social-democrata defende que das eleições no PSD vai sair “um líder para dois anos”, acrescentando que “se ganhar as eleições [legislativas] continua, se não ganhar será posto em causa”.

“O esforço que o Pedro está a fazer e o esforço que eu estou a fazer é um esforço em prol do partido e do país. Se o clima dentro [do partido] é já este, já com as rasteiras, estamos mal. E se eu ganhar vamos estar mesmo muito mal porque eu não vou admitir uma coisa destas”, acrescentou.

"Vamos acabar com estas pequeninas coisas partidárias como a entrevista do Miguel Relvas e de outros que nem têm coragem", rematou.

Na mesma linha, mas em tom mais sereno, Santana Lopes também repudiou as declarações de Miguel Relvas. “Não acho nada adequado fazer considerações dessas neste momento. Acho que há que apoiar quem os militantes vierem a escolher”, disse.

Nesta entrevista à Renascença e ao "Público", Relvas aponta Marques Mendes e Luís Montenegro para o futuro. Para Relvas, Rui Rio cometeu dois erros na campanha: o "ataque" à procuradora-geral da República e um apoio a um eventual governo minoritário do PS. Já Santana Lopes devia ter travado o caso Montepio, afirma Relvas.