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Assunção Cristas confirma que falou com Governo sobre o Novo Banco, mas diz que não está disponível para colaborar na resolução do problema.

A líder do CDS reage da mesma maneira em relação ao negócio com a Lone Star. O Governo que arranje uma solução com a maioria parlamentar de esquerda que o suporta.

“Houve uma reunião, aliás o CDS deu nota disso depois de todos terem dado. Quanto ao conteúdo da mesma, compete ao Governo revelar e não nos compete a nós estarmos a fazer revelações sobre o que foi dito ou não dito nessa reunião, mas foi uma reunião informativa onde ficou claro qual o caminho do Governo. Daquilo que é dito publicamente também já o CDS se pronunciou”, diz Assunção Cristas.

Confrontada com a posição do PSD, que se apressou a dizer que o Governo deve contar com os seus parceiros de esquerda se quiser resolver esta situação, a líder do CDS mostra-se em total sintonia. “Certamente, aliás nem foi pedido nenhum apoio ao CDS, nem teria de ser pedido.”

A líder do CDS falava esta manhã à Renascença em Malta, onde participou no congresso do Partido Popular Europeu.

A presidente centrista reagiu ainda à entrevista da Renascença e do “Público” ao ministro das Finanças. Sobre a promessa de Mário Centeno de baixar os impostos em 2018 para as famílias mais carenciadas, assunção cristas diz que espera para ver.

“O CDS sempre foi favorável a uma carga fiscal mais reduzida. Não deixámos de ter esse objectivo como orientação e como meta, e portanto o que tenha a ver com a preocupação em aliviar carga fiscal, do nosso lado, e olhando para as diferentes opções, é certamente algo que achamos interessante.”

“Agora, gostava de perceber onde é que ainda precisamos de progredir enquanto país e tem a ver muito com a parte do dinamismo, do investimento e do crescimento económico. Eu gostaria de ver um Governo com estabilidade fiscal e gostaria de ver o Governo a retomar os compromissos que fez quando estava na oposição, de redução do IRC a par e passo com uma redução do IRS. Até agora ainda não vimos uma eliminação total da sobretaxa, esperemos que possa acontecer.”

“Havia uma promessa de reversão do enorme aumento de impostos, até agora ainda não houve nenhuma reversão desse enorme aumento de impostos, isso passaria por ventura por aliviar de facto, ou por olhar para os escalões do IRS de outra forma. Não aconteceu até agora e portanto acompanharemos com muita atenção, na convicção de que é bom que o primeiro-ministro e que o ministro das Finanças saibam o que estão a fazer, porque neste momento o défice foi alcançado com mais impostos e com uma carga enorme de impostos indirectos”, conclui Assunção Cristas.