O PCP não aceita uma nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) que tenha como objecto a divulgação de mensagens telefónicas entre para Mário Centeno e António Domingues.

O PSD e o CDS anunciaram que vão propor um novo inquérito ao banco público, mas o líder parlamentar comunista, João Oliveira, diz que a Constituição não mudou e, se a direita insistir em avançar com uma ilegalidade, o PCP chumbará os fundamentos do novo inquérito.

“A Constituição não foi alterada desde quarta-feira, as pretensões de PSD e CDS-PP são inconstitucionais e ilegais", defende João Oliveira.

Sem serem ainda conhecidos os termos em que a comissão de inquérito será proposta, o líder parlamentar do PCP acusou a direita de querer "utilizar a Caixa como tema de intervenção política com o objectivo de atacar a Caixa, procurando criar condições para a sua privatização e daí tirar dividendos políticos".

"Só assim é compreensível que antes de terminada a comissão de inquérito que propuseram potestativamente, já estejam a apresentar uma nova proposta para outra comissão de inquérito", criticou.

A mesma opinião tem o líder parlamentar do PS, Carlos César, que já veio dizer que só viabiliza a proposta do PSD e do CDS se esta for conforme a Constituição.