A aprovação no Parlamento da maternidade de substituição, as chamadas barrigas de aluguer, é politicamente inqualificável, acusa a porta-voz da Federação Portuguesa pela Vida.

Isilda Pegado lamenta a posição do PS, perante o que diz ser um "espectáculo lastimável".

"O que se passou hoje no Parlamento é inqualificável politicamente e depois admiramo-nos que há um divórcio entre o povo e os políticos", afirma a advogada.

A porta-voz da Federação Portuguesa pela Vida lembra que os socialistas não fizeram qualquer referência às barrigas de aluguer no programa eleitoral que levaram a votos nas últimas legislativas.

"A memória foi curta e agora [o PS] vem aprovar o projecto do Bloco de Esquerda. Neste momento, quem comanda a vida política portuguesa em matérias estruturantes é o Bloco de Esquerda", atira Isilda Pegado.

A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira os projectos de lei que regulam o acesso à gestação de substituição (barrigas de aluguer) e o alargamento do acesso à Procriação Medicamente Assistida (PMA).

O projecto de lei do BE sobre barrigas de aluguer foi aprovado com os votos favoráveis de PS, BE, PEV e PAN e 24 deputados do PSD, incluindo Pedro Passos Coelho, como a Renascença avançou na quinta-feira.