Veja também:


O primeiro-ministro garante que tudo será feito "para reforçar a confiança e prevenir riscos". António Costa falava no Parlamento, durante o debate quinzenal, em resposta ao líder do PSD, Pedro Passos Coelho.

O ex-primeiro-ministro aludia ao sobressalto a que se tem assistido nos últimos dias nos mercados financeiros, com os juros da dívida portuguesa a dez anos a registarem fortes subidas.

Na resposta, o governante garantiu que o executivo está responsavelmente atento aos mercados europeus, que considerou estarem "particularmente agitados", mas não por razões nacionais.

"Ninguém ignora que ao longo da última semana os mercados europeus têm andado particularmente agitados, segundo as melhores análises, fruto sobretudo de preocupações com o sistema financeiro de vários países europeus, e que isso naturalmente coloca pressão sobre economias mais frágeis, como é o caso da economia portuguesa", declarou Costa.

Já antes, na abertura do debate quinzenal, o primeiro-ministro recordou que o Eurogrupo confirmou que a proposta de Orçamento do Estado para 2016 merece "o apoio" das instituições europeias.

O primeiro-ministro centrou a parte final da sua intervenção na questão das negociações entre o executivo de Lisboa e Bruxelas sobre a proposta de OE. Na quinta-feira, "com a tomada de posição do Eurogrupo, mais uma vez se confirmou que o Orçamento português merece o apoio das instituições europeias e tem condições para ser executado no quadro da Zona Euro", defendeu.

Passos pergunta por "plano B"

Passos questionou por duas vezes Costa qual é "o plano B" do Governo "para acudir à situação orçamental", mas o primeiro-ministro não antecipou novas medidas, afirmando que vão ser preparadas para estar em carteira, mas não serão necessárias.

Pedro Passos Coelho considerou que "parece cada vez mais necessário" haver um "plano B" do Governo e insistiu para que o primeiro-ministro dissesse "que tipo de medidas" estão a ser preparadas e "sobre que áreas actuam", defendendo que "o país tem direito a saber".

Na resposta, António Costa afirmou que todas as medidas com que o executivo do PS já se comprometeu "são públicas". Mais à frente, acrescentou: "O que iremos fazer, naturalmente com espírito construtivo, é começar a preparar medidas que manteremos em carteira, responsavelmente, para utilizar caso venham a ser necessárias. Agora, a nossa convicção é que elas não serão necessárias".

Tópicos