O Governo tem obrigação de apresentar a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2016 a tempo de ser discutido ainda durante este mês, defende o candidato presidencial Paulo Morais.

O antigo dirigente da Associação Transparência e Integridade, que formalizou esta terça-feira a candidatura às eleições presidenciais, considera que o Orçamento pode ser um documento simples, ao contrário daquilo que os políticos têm dado a entender.

“Eu não entendo este atraso na entrega do Orçamento do Estado. Normalmente, é dito que o Orçamento é um documento muito complexo, mas pode ser simples. Tem sido um documento complexo porque os políticos querem que as pessoas não percebam nada do que está no Orçamento do Estado”, acusa o antigo vice-presidente da Câmara do Porto.

Na opinião de Paulo Morais, o Orçamento “não precisava de ter 300 ou 400 páginas, bastavam quatro páginas a explicar como vai ser distribuída a despesa do Estado e donde é proveniente a receita”.

Por isso, defende que “não há razão nenhuma para o Orçamento do Estado não ser discutido antes do fim do mês”.

"Onde os outros tiverem bandeiras, nós temos ideias”

Paulo Morais falava aos jornalistas à porta do Tribunal Constitucional, onde foi o primeiro formalizar a candidatura às eleições presidenciais ao entregar cerca de oito mil assinaturas.

Promete uma campanha contra a política espectáculo, sem bandeiras, arruadas e jantares, mas de combate de ideias.

"Onde os outros tiverem bandeiras, nós temos ideias. Onde os outros tiverem jantares, nós temos debates", disse, deixando um repto: "Chega de política espectáculo, é preciso política de convicções", declarou.

Paulo Morais escolheu simbolicamente o dia 1 de Dezembro, no qual se comemora o dia da Restauração da Independência, para formalizar a candidatura à Presidência da República.

As eleições presidenciais estão marcadas para 24 de Janeiro de 2016.