A Infraestruturas de Portugal (IP) informou que a circulação na Linha do Norte deverá manter-se condicionada nas próximas oito semanas, devido aos trabalhos de estabilização de um talude entre as estações de Souselas e Pampilhosa.

"Em resultado da mais recente avaliação aos trabalhos em curso para estabilização de talude ao km 228,150, da Linha do Norte, a IP prevê que a circulação limitada a uma das vias se mantenha por um período que, nesta data, se estima em cerca de oito semanas", referiu.

No início da semana, a IP indicou que, "por razões de segurança e face à instabilidade do talude de aterro ao quilómetro 228,150" (concelho de Coimbra), a circulação ferroviária passou a efetuar-se em via única, entre as estações de Souselas e Pampilhosa.

As restrições ocorreram "em resultado das condições climatéricas particularmente adversas que se têm feito sentir", obrigando a colocar no terreno "uma intervenção de caráter provisório".

Na nota de imprensa enviada ao final da tarde, a IP esclareceu que o talude em causa, embora sob monitorização, "não apresentava sinais de risco ou instabilidade".

"Situação que se alterou em virtude da elevadíssima precipitação que se têm registado no país nas últimas semanas, com consequências ao nível da saturação dos solos", acrescentou.

De acordo com a IP, a solução de estabilização passará pela "execução de uma estrutura de contenção por micro estacas na plataforma da via-férrea, bem como pela retirada dos solos instáveis do talude de aterro, com cerca de 16 metros de altura, e posterior reforço e alargamento do mesmo, de modo a garantir a sua estabilidade global, implicando o desvio de ribeira existente, com custos totais ainda não apurados".

"Os trabalhos respeitarão, necessariamente, os procedimentos de contratação pública, sendo que todos os esforços estão a ser feitos no sentido de minimizar os prazos associados", evidenciou.

Na sua nota, a IP apontou ainda que este talude, inserido no troço Alfarelos - Pampilhosa, que foi objeto de reabilitação integral de via em 2018, "não foi intervencionado, uma vez que não apresentava sinais de instabilidade e o investimento não contemplava intervenção sistemática em taludes, dadas as restrições financeiras existentes à data da decisão".