A Associação de Produtores de Pera refuta as conclusões do estudo divulgado nesta terça-feira pela Pesticide Action Network (PAN)-Europa e diz que as conclusões estão pouco fundamentadas.

Na opinião do presidente da associação, o estudo é alarmista e sem sentido, tendo apenas como como objectivo prejudicar a fileira da fruta.

Domingos dos Santos diz que não sabe "onde foram feitas as análises, em que locais e a que produtos". E que se " lança um conjunto de insinuações para o ar que não têm qualquer validade técnica".

Quanto aos pesticidas perigosos – que com os anos, garante, têm vindo a ser retirados do mercado (até por imposição europeia) – o também presidente da Frutoeste, a Cooperativa Agrícola de Hortofruticultores do Oeste, lembra que as análises aos produtos são feitas regularmente em "laboratórios credenciados por entidades credenciadas, e são cumpridas as normas, tanto da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária como da AFSA, a Entidade Fitossanitária Europeia".

Por isso, assegura que os produtores estão de consciência tranquila.

"Não são estes estudos alarmistas que vão pôr em causa uma fileira que cumpre requesitos e obrigações, legais e de mercado, para que os consumidores possam ter a fruta de melhor qualidade", assegura, em declarações à Renascença.

Segunda a PAN-Europa, as maçãs e pêras cultivadas em Portugal estão entre as frutas com maior quantidade de pesticidas perigosos na União Europeia. O estudo agora divulgado foi realizado em 2019 e contradiz as alegações da Comissão Europeia de que os agricultores estão a utilizar menos pesticidas em toda a Europa.