Desde que foi identificada a variante Ómicron em Portugal, o país soma até esta quinta-feira 399.240 novos casos de Covid-19.

Em 40 dias, o número de novas infeções supera o total de casos confirmados nos nove meses anteriores (335.248), entre março e 27 de novembro de 2021, data anterior à confirmação dos primeiros casos da nova variante.

Só nos primeiros seis dias do ano, há registo de 149.404 infeções. Já o número de óbitos é cerca de nove vezes inferior ao registado em janeiro de 2021, o mês com mais mortes por Covid-19 em Portugal, desde o início da pandemia.


O país tem agora um novo máximo de casos ativos: 247 mil. Mais de 8 mil só nas últimas 24 horas.

A variante Ómicron tem, segundo o diretor da NOVA Information Management School (IMS), um nível de transmissibilidade que "se começa a aproximar de um sarampo" e será, por isso, "difícil de superar".

"Dificilmente novas variantes conseguirão tornar-se prevalentes no futuro", explicou Pedro Simões Coelho, em entrevista à Renascença.

Quanto ao risco de hospitalização e morte, estudos recentes indicam que a Ómicron apresenta uma menor probabilidade de causar danos severos, quando comparada com variantes anteriores.

O crescimento exponencial de novos casos, devido à propagação desta nova variante, inicialmente identificada na África do Sul, deverá resultar num número recorde de isolamentos, com estimativas que apontam valores entre 4 a 12% de portugueses isolados, nas próximas semanas.

Para além do elevado aumento de casos associado à nova variante, que é já dominante no país, importa recordar que o país regista, agora, o maior número de testes diários realizados, desde o início da pandemia.

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