As viaturas da Polícia de Segurança Pública (PSP) têm ordem para circular o menos possível e para restringir os abastecimentos de combustível, denuncia do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL).

Vários agentes estarão a ser informados de que, até novas instruções, estão proibidos os abastecimentos das viaturas policiais. Armando Ferreira, presidente do SINAPOL, revela à Renascença que o sindicato começou a receber e-mails reencaminhados de "várias partes do país", de "elementos policiais a dar ordens a outros elementos policiais".

"Em alguns casos dizia-se que estão proibidos os abastecimentos das viaturas policiais, que as viaturas policiais só devem circular para ocorrências, se ficarem sem combustível terão de informar por e-mail. Outros diziam que se a viatura ficar sem combustível terá de ser pedida devida autorização à área de logística e finanças para que seja justificado e autorizado o abastecimento da viatura", explica o sindicalista.

O SINAPOL garante ter já pedido esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna e à Direção Nacional da PSP, mas ainda sem resposta.

Contactada pela Renascença, a Direção Nacional da PSP recusou prestar declarações sobre a situação.

De acordo com o "Jornal de Notícias", em causa estará a não-renovação do contrato de fornecimento de combustível com a Galp a tempo do início de 2022. Armando Ferreira diz que esta é uma situação inadmissível e que põe em causa a segurança dos cidadãos.

"Sendo isso verdade ou não, pôs-se em causa o patrulhamento da comunidade, a segurança dos cidadãos e a segurança pública. Tenha sido por 10 dias, por 20 minutos, por uma hora ou por 24 horas, como, agora, dizem que estará resolvido amanhã [terça-feira] o problema", sublinha o sindicalista.

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