Sem serem recebidos por Rui Moreira, à porta da Câmara do Porto, os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) anunciaram esta quinta-feira um novo período de greve, para 21 e 22 de setembro, se não houver acordo.

Não apareceu o presidente da autarquia, uma das maiores acionistas da STCP, mas esteve presente a secretária-geral da CGTP para dizer que está e estará com os trabalhadores na luta pelo aumento salarial. Isabel Camarinha disse à Renascença que a política de imposição da empresa é o pior caminho.

“O problema é que não há negociação. Há tentativa de oposição de um aumento salarial que não é aumento, é miserável e que não dignifica estes trabalhadores que prestaram um serviço público importantíssimo. A STCP está a tentar impor em vez de negociar”, acusa a secretária-geral da CGTP.

Diogo Fernandes, motorista da STCP e membro do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (STAMP), reivindica um aumento mínimo para os 750 euros e a qualificação das carreiras.


“Fazemos de tudo um pouco e aqui dentro só há três categorias: mecatrónico, acabador e motoristas. A nossa reivindicação é um salário digno. Não pedimos mundos e fundos, mas pelo menos 750 euros, de base. Se houver greves, estarei em todas”.

Eduardo Ribeiro, dirigente do Sindicato dos Transportes Rodoviários Urbanos do Norte (STRUN), revelou que uma proposta de aumento da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) dos 15 para os 30 euros colocará fim à greve.

“Nós estabelecemos um patamar mínimo para haver entendimento, que passa por eles dobrarem dos 15 para os 30 euros de aumento salarial e se assim for terminamos a contestação amanhã [sexta-feira]”, frisou o dirigente sindical, em declarações à margem de uma manifestação que decorre à porta da Câmara do Porto, o maior acionista do conselho de administração da STCP.

O protesto desta quinta-feira à tarde em frente à Câmara do Porto juntou cerca de 200 trabalhadores da STCP.