O interior do país "precisa de um olhar mais atento", disse esta sexta-feira a ministra da Coesão Territorial, que considerou o Geopark Estrela um exemplo de como os atores locais "são os mais importantes no desenvolvimento dos territórios".

"Na minha perspetiva, os diagnósticos estão feitos e as causas estão identificadas. O interior precisa de um olhar mais atento, por parte do poder público, político e mediático", afirmou Ana Abrunhosa na segunda Conferência da Estrela de 2021, com o tema "Territórios do Interior: Desafios e oportunidades", que foi organizada 'online' pela Associação Geopark Estrela, com sede na Guarda.

Segundo a governante é preciso "perceber que modelo de desenvolvimento" se pretende para as regiões do interior do país.

"Se é [um modelo] de mão estendida, do interior contra o litoral ou apenas da valorização dos recursos endógenos. Ou, pelo contrário, aquele modelo que acredita que a não valorização devida do interior prejudica o país como um todo, na sua globalidade, que o interior tem um enorme potencial por explorar, e que a não exploração desse potencial empobrece o país como um todo", explicou.

Na sua intervenção também referiu que o interior "tem qualidade de vida e segurança" que permitem que se crie valor, a partir dos recursos endógenos, mas também a partir da ciência e da tecnologia.

Ana Abrunhosa falou ainda da importância de se olhar para o interior "numa perspetiva de Península Ibérica", que é "muito importante" porque "dá a escala e a massa crítica necessária" para muito do que se pretende fazer com as empresas e com as instituições de ensino superior.

A ministra da Coesão Territorial também disse que os agentes "mais importantes do desenvolvimento dos territórios são os atores locais".

Tópicos