O surto de "legionella" dos concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim causou esta terça-feira mais uma morte, elevando para nove o número de óbitos, confirmou a Renascença junto da Administração Regional de Saúde do Norte.

O óbito verificou-se no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde desde 30 de outubro já morreram sete pessoas devido à doença, tendo outras duas mortes ocorrido no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde.

Por agora, mantem-se o regitsto de 79 casos diagnosticados, mas verificou-se uma redução de doentes internados, que passou de 37 para 24.

De acordo a ARS Norte, no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, dos 28 doentes diagnosticados, apenas 6 se encontram internados (menos 11 do que ontem) 6 tiveram alta; 4 foram tranferidos para Matosinhos . E há dois que morreram.

No Hospital Pedro Hispano, dos 44 doentes diagnosticados, apenas 12 se encontram internados (menos 2 do que ontem). 25 já tiveram alta (mais 1 relativamente a ontem); 7 faleceram.

Por último, no Centro Hospitalar Universitário de São João, foram diagnosticados 10 casos. Seis pessoas permanecem internadas e quatro já tiveram alta.

Mais de 15 dias depois do início do surto, as autoridades ainda não identificaram a sua origem.

Na semana passada, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto, que mantêm-se com origem desconhecida, tendo a Câmara de Vila do Conde confirmado que os técnicos das Delegações de Saúde locais já estão no terreno a fazer análises e várias estruturas fabris e comerciais

A doença do legionário, provocada pela bactéria "Legionella pneumophila", contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.