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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, não arrisca fazer prognósticos sobre quando será possível chegar ao pico desta nova vaga da pandemia de Covid-19.

“Um dos problemas desta doença é nós não sabermos isso, porque como não temos histórico da doença, a doença é nova, não temos referências, não sabemos onde é que estamos não sabemos o tamanho da montanha, não sabemos quando é que vamos chegar ao pico", disse Graça Freitas em resposta a uma questão da Renascença na conferência de imprensa desta segunda-feira.

"Às vezes, mesmo em relação à gripe eu costumo dizer que só sei que estive no pico quando começo a descer, e temos histórico de dezenas de anos de informação sobre a gripe. Sobre a covid é mais difícil", sublinha.

"Esperemos que o pico seja atingido rapidamente, que se comece a flectir a curva, agora o que podemos ter certeza é que estamos a correr uma maratona sem fim, não sabemos onde vai acabar. Provavelmente, teremos outras ondas, curvas e outros picos. Isto acaba por ser mais uma cordilheira", afirma Graça Freitas.

A responsável considera que é preciso reduzir contactos, mas sem deixar de viver, trabalhar, ir à escola, ao teatro, ao cinema ou fazer compras.

“Temos de continuar a viver. Só temos de diminuir o número de contactos, sem deixar de ir ao trabalho, à escola, ao teatro, ao cinema, ou de fazer compras” disse Graça Freitas na habitual conferência de imprensa sobre a situação da pandemia em Portugal, durante a qual agradeceu aos profissionais de saúde que têm acompanhado os doentes há oito meses.

Portugal regista esta segunda-feira um recorde diário de 46 mortes por Covid-19, indica a Direção-Geral da Saúde (DGS). O número total de vítimas mortais é agora de 2.590.

Há mais 2.506 casos confirmados da doença, avança o boletim epidemiológico desta segunda-feira, num total de quase 147 mil desde o início de março.

Evolução da Covid-19 em Portugal