A vacina da gripe está disponível a partir desta segunda-feira, começando a ser administrada nas faixas da população consideradas prioritárias, como os residentes em lares de idosos e grávidas, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A campanha de vacinação do Serviço Nacional de Saúde, que começa habitualmente em 15 de outubro, inicia-se este ano mais cedo com uma primeira fase para qual há 350 mil vacinas disponíveis.

O objetivo é evitar que um grande número de casos de gripe possa sobrecarregar ainda mais o Serviço Nacional de Saúde, já a braços com a pandemia

Residentes em lares de idosos, profissionais de saúde, profissionais do setor social que prestam cuidados e grávidas estão entre os setores mais vulneráveis e serão os primeiros a poder ser vacinados.

Na segunda fase, que começará em 19 de outubro, estão incluídos outros grupos de risco: pessoas com 65 ou mais anos e pessoas com doenças crónicas.

"Queremos vacinar o mais depressa possível e estamos a fazer planeamento com as administrações regionais de saúde para, se for necessário, ampliar os pontos vacinação para outras estruturas da comunidade" além dos centros de saúde, afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas quando anunciou a época da vacinação deste ano.

À Renascença, Rui Nogueira, presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar, diz que vai haver uma mistura de "vacina oportunística" e voluntária.

"Todos os doentes com mais de 65 anos, e alguns grupos de risco com menos de 65 anos, que vão a consulta já marcada, vamos já começar a vacinar. A vacina oportunística dos doentes que vão a uma consulta já marcada e a vacinação específica para aqueles que, não tendo consulta marcada, no mês de outubro e novembro, acorram para fazer a vacinação", afirma.

"Ou seja, temos doentes que já estão marcados e farão a vacina na altura da consulta tranquilamente. Outros que não tenham a consulta marcada em outubro, novembro e até início de dezembro, deverão deslocar-se", reforça.

Também Graça Freitas apelou a todas as pessoas que tiverem indicação médica para que se vacinem, salientando que este ano, com a pandemia, é "ainda mais importante que o façam".

Havendo a pandemia "convém não ter outras infeções respiratórias que se possam confundir com covid e que obriguem a fazer um diagnóstico para ver se as pessoas têm covid ou têm gripe", referiu.

Além das vacinas gratuitas para as pessoas incluídas nos grupos de risco, haverá vacinas à venda nas farmácias que podem ser compradas com receita médica e são comparticipadas.

O SNS comprou este ano mais de dois milhões de vacinas da gripe a duas empresas diferentes, por concurso público, mas todas as vacinas são iguais.

A gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.

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