A tarde de domingo ficou marcada por uma granizada em Castelo Branco, com quedas de árvores, inundações em garagens e na via pública.

Castelo Branco, Fundão, Covilhã e Belmonte foram as localidades mais atingidas.

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, deslocou-se esta tarde entre o Fundão e o seu concelho e descreveu à Renascença um cenário de verdadeiro temporal.

“Muito granizo, muita água e vento. São fenómenos extraordinários do ponto de vista meteorológico. Tivemos uma oscilação de temperatura que passou de 31 para 19 graus abruptamente”, disse.

Vítor Pereira acrescentou que “a proteção civil está concentrada, sobretudo, no sul do concelho, muito próximo do concelho do Fundão, na aldeia de São Francisco de Assis, onde caiu de forma muito rápida e intensa granizo em tal quantidade que bloqueou os acessos às habitações, inundou as ruas e os serviços estão a proceder à desobstrução dessas vias”.

Em plena época da colheita da cereja, a Cova da Beira sofre um revés. O autarca da Covilhã admite que a produção fique totalmente perdida. Por isso, vai pedir ajuda.

“São consequências que vamos ter de apurar e vamos pedir ao Ministério da Agricultura que ajude. Nós, autarcas, não vamos deixar de reivindicar ajudas para os nossos agricultores, os nossos fruticultores porque estão muito afetados por este efeito meteorológico, que parece que vai continuar”, referiu.

De acordo com o CDOS de Castelo Branco, há várias dezenas de pedidos de ajuda. Os bombeiros e as equipas de proteção civil estão no terreno.

A forte chuva começou de forma repentina e continua a cair na região.

Até às 21h00, 12 distritos de Portugal continental estão sob aviso amarelo, devido à previsão de trovoada, chuva forte e queda de granizo.