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A diretora-geral da Saúde garante que serão feitos testes à imunidade dos portugueses à Covid-19 para perceber a proporção que desenvolveu anticorpos e, consequentemente, este em contacto com o coronavírus.

Em conferência de imprensa, Graça Freitas esclareceu que os testes estão em desenvolvimento, mas não serão feitos para já.

"O Instituto Ricardo Jorge está a entrar numa fase piloto para ver como é que os testes podem ser feitos e quando. São testes de imunidade, que leva tempo a instalar-se. Em Portugal, a doença começou há um mês. A maior parte dos doentes ainda está em recuperação. Mas Portugal vai fazer estudos serológicos para peceber a proporção da população que tem anticorpos", começa por dizer.

Explica também que é preciso perceber quanto tempo dura a imunidade ao vírus: "A metologia está a ser equacionada pela comunidade científica internacional. É preciso perceber se a imunidade é duradoura ou não. O histórico do vírus ainda é curto e temos de esperar que o tempo passe para saber mais".

Já na sexta-feira, o primeiro-ministro António Costa reconheceu, em entrevista à Renascença, que os testes serológicos poderão ser importantes, a longo-prazo, para se ter uma real noção de quantos casos de infetados o país registou.

"Sabemos que a China agora fez testes sanguíneos e muitas pessoas estavam imunizadas porque tinham tido Covid-19, sem terem sentido sintomas. Nós também o poderemos fazer, os testes serológicos estarão prontos, mas só faz sentido fazer depois de passar a pandemia", termina.

Regresso à normalidade sem data definida

Questionada sobre uma possível data para a reabertura das escolas, a responsável da DGS explica que o regresso à normalidade está em estudo, de acordo com as medidas tomadas pelo governo e que terá de ser feito de forma gradual.

"Temos estado com um número de académicos a fazer o acompanhamento da epidemia, com dados reais e projeções. Estamos a acompanhar a intrução das medidas. Temos muito trabalho para fazer e para perceber em que altura será útil começar a introduzir alguma normalidade nas nossas vidas, de que forma e com que graduação. É importante também perceber como é que isso será monotorizado. Estas medidas requerem muita ponderação", termina.

O balanço diário da Direção-Geral e Saúde revela que Portugal regista 266 vítimas mortais e 10.524 infetados.