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O secretário de Estado da Saúde anuncia que Portugal tem quase 26 milhões de máscaras encomendadas para reforçar o Sistema Nacional de Saúde (SNS). Em conferência de imprensa, António Lacerda Sales elogiou ainda a capacidade de reconversão das indústrias portuguesas.

"Temos 24 milhões de máscaras cirúrgicas a caminho até ao final de abril, mais 1,8 milhões de máscaras FFP2 até ao final de maio. As indústrias internas têm mostrado disponibilidade para adaptar a sua capacidade produtiva e saudamos essa capacidade de adaptação ao cenário de crise, porque mantêm empregos e ajudam as autoridades de saúde", esclarece o governante.

O secretário de Estado da Saúde destacou ainda a melhoria no atendimento na linha de Saúde 24, a porta primária para os suspeitos de Covid-19.

"Tem havido uma melhoria exponencial na SNS24. Ontem foram recebidas 19.263 chamadas e foram atendidas 15.420 chamadas, de 10.982 números únicos, com um tempo médio de espera de 5 minutos e 52 segundos", diz.

Sobre outro tema que está a marcar a atualidade da pandemia de coronavírus falou a diretora-geral da Saúde. Graça Freitas garante que as máscaras não oferecem uma total proteção contra o contágio: "As nossas recomendações estão alinhadas com a Organização Mundial de Saúde, Centro de Controlo de Doenças e com a literatura médica. Não há uma medida totalmente eficaz. Só com o conjunto de medidas conseguiremos aplanar a curva e baixar o número de casos. Não há uma medida milagrosa".

Falhas nas áreas dedicadas à Covid-19

Graça Freitas reconhece algumas falhas nas Áreas Dedicadas à Covid-19 (ADC), que têm sido mitigadas com o passar do tempo e que têm reduzido os problemas dos suspeitos de coronavírus em realizar testes e receber assistências médicas.

"As ADCs foram criadas muito recentemente e obviamente que há algumas assimetrias regionais. Há ADCs a trabalhar muito bem e outras que começaram a trabalhar mais tarde e ainda não estão em condições ótimas. Há uma melhoria continua dos ADCs", explica a diretora-Geral da Saúde.

A DGS indica que existe a possibilidade dos pais não poderem assistir ao parto dos filhos, caso a mãe esteja infetada com o coronavírus, uma decisão que será tomada caso a caso e pelos clínicos.

"Consultas presenciais acontecem sempre que necessárias e à distância quando for possível. A gravidez deve ser seguida. Mas o parto é diferente. Se for uma maternidade normal, deve ir para uma maternidade, que tem acesso ao outro tipo de serviços. O pai pode ou não assistir se a minha tiver Covid-19, tem de ser a equipa médica a decidir se há condições para que o pai assista, porque não queremos uma criança com os dois pais positivos. Deve imperar o bom-senso", avança.