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A Câmara Municipal de Bragança exige aos Ministérios da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social a realização imediata de testes à Covid-19 em todos os lares de idosos do distrito.

O presidente da autarquia, Hernâni Dias, sustenta a posição na “evolução epidemiológica da Covid-19 no Distrito de Bragança,” que “regista aumentos significativos, nomeadamente no universo de pessoas idosas, não se conseguindo perceber a verdadeira realidade, por falta de testes” e alerta o Governo para a realidade do distrito com “um índice de envelhecimento superior à média nacional”.

De acordo com os últimos dados do INE, reportados ao ano de 2018, a NUT Alto Trás-os-Montes é a segunda mais envelhecida do país, com um índice de envelhecimento de 301,6, sendo a média nacional de 159,4 e da região Norte de 159,6.

Os concelhos do distrito de Bragança têm um índice de envelhecimento superior à média nacional, sendo que em 8 dos 12 concelhos deste distrito esse índice situa-se entre os 330,4 e os 596,8 (o sexto mais envelhecido de Portugal).

O autarca acrescenta ainda que, “até ao momento, o Distrito de Bragança não possui um centro de testes de doentes Covid-19, tendo apenas uma unidade móvel de colheita de amostras, que são encaminhadas para o Hospital de S. João, implicando atrasos no conhecimento dos resultados, (chegando a 72 horas) e revelando-se insuficiente para as necessidades do distrito”.

A autarquia de Bragança defende que “o Governo deve assegurar de imediato a realização de testes nos territórios mais envelhecidos e vulneráveis à Covid-19, por forma a evitar a perda de vidas e a propagação do vírus, dando, desse modo, um contributo positivo nesta pandemia que afeta todos, mas de forma mais alarmante os territórios de baixa densidade.

A tomada de posição da autarquia de Bragança surge na sequência do anúncio do Governo da realização de testes de despiste da doença, desde segunda-feira, em todos os lares de idosos dos concelhos de Lisboa, Aveiro, Évora e Guarda.