Foi já a semana passada, mas só esta segunda-feira se soube, que seis médicos do Hospital do SAMS deram positivo nas análises ao Covid-19.

Apesar de os testes terem sido feitos a outros clínicos do hospital que estiveram em contacto com estes médicos - e apesar do resultado ter sido negativo - mantiveram-se a trabalhar.

Para o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, a situação é altamente irregular. O dirigente e médico João Proença diz que o que se exige “é que as pessoas todas que estiveram em contacto com estes colegas fiquem em quarentena e que toda a gente no hospital tenha direito a ter equipamento de protecção."

O Sindicato considera que a administração do SAMS está longe de ser um bom exemplo para os médicos, que há 10 anos aguardam por um acordo de empresa.

João Proença rejeita que o sindicato esteja a misturar questões de saúde, com questões laborais. É lacónico quando diz que “não é misturar! É aproveitar um Conselho de Administração que não respeita as condições mínimas de trabalho, que pelo menos respeite a vida dessas pessoas”, remata.

Perante os factos, frisa João Proença, "as autoridades de saúde devem intervir. Essas pessoas já devem ter sido contabilizadas desde Sexta-feira. Agora o que importa é garantir que o Hospital tome medidas para impedir que outras pessoas fiquem nesta situação”, conclui.

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