Os enfermeiros iniciam esta terça-feira uma greve de quatro dias convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para exigir a "correta contagem dos pontos para todos os profissionais" e protestar contra o encerramento do processo negocial sobre a carreira.

A greve geral decorrerá nos turnos da manhã e da tarde nas instituições de saúde do setor público até quinta-feira e será feita por regiões de saúde, disse o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins.

Hoje, a greve decorre nos hospitais e centros de saúde da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, depois na ARS do Centro, no dia seguinte na ARS do Norte e na quinta-feira nas regiões do Algarve, Alentejo e Açores.

Segundo José Carlos Martins, até à hora de almoço a paralisação já contava com uma adesão de 68%, sendo que o hospital com maior adesão foi o de São José, do Centro Hospitalar de Lisboa Central.

“É uma greve de todos os enfermeiros para todos os enfermeiros”, cujos “objetivos centrais” se prendem com “duas grandes questões”: a correta contabilização dos pontos para efeitos de descongelamento das progressões e o encerramento da negociação da carreira por parte do Ministério da Saúde, explicou o dirigente ao início da manhã.

Apesar de estar marcada uma reunião de negociação suplementar para o dia 30 de janeiro, o SEP decidiu manter a greve por considerar que as propostas apresentadas pelo Ministério da Saúde “estão muito longe daquilo que são as justas reivindicações dos enfermeiros”, sublinhou.

Esta greve não está relacionada com a greve dos enfermeiros em blocos operatórios, convocada pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), que está suspensa até 30 de janeiro, dia em que haverá uma nova reunião negocial entre os sindicatos e o Governo.

[Atualizado às 14h05]

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