O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, admite que os números da sinistralidade rodoviária em Portugal não são animadores e defende a necessidade de mobilizar a sociedade.

Em declarações aos jornalistas nas portagens dos Carvalhos, José Artur Neves considera que o balanço das primeiras 24 horas da Operação Ano Novo da GNR, em que foram registados três mortos, “não é animador, tal como em todo o mês de dezembro e no ano inteiro”.

“Os números estão em linha com o ano passado, constituem uma preocupação, daí a necessidade de todos mobilizarmos a sociedade civil, em particular, aqueles que trabalham nesta área quase todos os dias para encontrarmos novas forma de sensibilização dos condutores e encontrarmos formas e medidas capazes de mitigar a sinistralidade em Portugal”, declarou o governante.

José Artur Neves afirma que “Portugal manteve, até 2017, uma descida constante muito animadora” no número de vítimas na estrada, mas os últimos anos marcaram uma mudança.

Questionado sobre se é preciso avançar com medidas concretas, o secretário de Estado da Proteção Civil falou do reforço do patrulhamento “aprovado a meio do ano, com um plano de fiscalização para todo o território nacional, muito focado nas zonas de maior risco, no sentido de fazermos diminuir a sinistralidade”.

“A presença dos agentes da autoridade é uma presença dissuasora, de fiscalização, mas sobretudo de prevenção. É esse o objetivo: evitar os comportamentos de risco para que a velocidade, o álcool, o descanso, o uso indevido do telemóvel, que contribuem muito para a sinistralidade que temos, sublinha José Artur Neves.

No primeiro dia da operação "Ano Novo" da GNR, que começou na sexta-feira, registaram-se três mortes e um aumento do número de acidentes, num total de 230.

Na Operação "Natal Tranquilo" morreram 15 pessoas nas estradas portuguesas, o dobro em relação ao ano passado.