É verdade que diversos “curiosos” se deslocaram, sobretudo no domingo, à Serra de Santa Justa, em Valongo, no distrito do Porto, para recolher destroços do Agusta A109S que se despenhou no dia anterior, provocando quatro mortos.

Os roubos obrigaram mesmo o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) a reagir, apelando ao bom senso de quem "tenha a tentação de alterar as evidências de um acidente", pois, "ainda que de forma inconsciente", está a infringir a lei e a prejudicar a prevenção de futuros acidentes.

O que não é verdade é que destroços do helicóptero acidentado do INEM tenham sido colocados à venda no portal OLX.

Isto apesar da imagem que circulou nas redes sociais, onde o anunciante, não identificado, prometia, a troco de 115 euros "negociáveis", vender "várias peças" do helicóptero – entre as quais "bocados da hélice, vidro e logótipo do INEM”.

Citado pelo JN, o responsável do OLX em Portugal, Spas Slivkov, garante que o anúncio em questão "é falso" e que "a imagem foi editada", nunca tendo estado online no OLX.

O alegado anúncio, garante Slivkov, inclui detalhes que não são opções possíveis de incluir no OLX: "A plataforma não permite selecionar a marca e o modelo [do helicóptero], tal como aparece nessas imagens."

Contactada pela Lusa, fonte do gabinete de relações públicas do INEM informou que a “decisão de avançar com uma queixa contra os autores, quer do furto, quer da tentativa de venda na internet, está adiada até à conclusão dos funerais das vítimas". "Temos as situações identificadas e, a seu tempo, vamos fazê-las chegar ao Conselho Diretivo para que sejam tomadas as medidas que forem entendidas como as adequadas”, explicou a mesma fonte.