Um relatório da Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC) revela as estratégias usadas pelas escolas para inflacionarem as notas do alunos.

A notícia do jornal “Público” diz que os estabelecimentos fazem “vista grossa” aos critérios de avaliação que eles próprios definem para poderem atribuir classificações mais elevadas.

Segundo este relatório, são usados domínios como a oralidade ou as atividades laboratoriais que, por não terem testes ou outros critérios mensuráveis que permitam suportar as avaliações feitas pelos professores, são usados para "puxar" as notas dos alunos.

Outro fator usado é o “domínio social e afetivo”, mais um dos parâmetros tidos em conta quando um professor avalia os seus estudantes e que não tem directamente a ver com a matéria dada. A ponderação desta dimensão (que inclui o comportamento, a assiduidade e a pontualidade) pode variar, dependendo das escolas ou da disciplina, entre os 5% e os 30% da nota final.

Depois das recomendações do IGEC, 80% dos estabelecimentos corrigiram o comportamento.

Esta “operação de verificação” foi levada a cabo em 2017 em 12 escolas, dois terços delas privadas. A maioria (nove) está localizada na região Norte.

O Ministério da Educação disse ao jornal que, em 2018, já foram realizadas mais intervenções, estando planeadas novas ao longo do próximo ano.